Visual Field Change and 24-Hour IOP-Related Profile

Visual Field Change and 24-Hour IOP-Related Profile with a Contact Lens Sensor in Treated Glaucoma Patients.

Dr. André Venâncio
Especialista em Glaucoma pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Preceptor da Residência Médica em Oftalmologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Dr. Ricardo A. Paletta Guedes
Doutor em Saúde (UFJF); Mestre em Saúde Pública (UFJF); Especialista em Glaucoma (Universidade de Paris).

Ref.: Visual Field Change and 24-Hour IOP-Related Profile with a Contact Lens Sensor in Treated Glaucoma Patients.
Autores: Carlos Gustavo De Moraes, MD, MPH, Jessica V. Jasien, MEn, Sonja Simon-Zoula, PhD, Jeffrey M. Liebmann, MD, Robert Ritch, MD

Publicado no periódico: Ophthalmology. 2016; 123(4):744-53.

 

Uma única medida isolada não mostra a variação diária da pressão intraocular (PIO) nos pacientes portadores de glaucoma. Mais de 70% dos picos pressóricos ocorrem durante a noite ou logo pela manhã – períodos que normalmente não são avaliados rotineiramente nos consultórios. A medida de 24h da PIO é importante para monitorização do tratamento de pacientes glaucomatosos, podendo teoricamente indicar descontrole da doença antes de progressão estrutural ou funcional. Contudo, é cara e impraticável de forma rotineira nos consultórios.

Um sistema que utiliza uma lente de contato gelatinosa associada a sensores sem fio (CLS – Sensimed Triggerfish; Sensimed AG, Lausanne, Switzerland) foi desenvolvida para fazer capturas das mudanças circunferenciais do globo ocular que ocorrem espontaneamente após alterações do volume do globo. Existe evidência que esta medida apresenta boa correlação com a medida da PIO. Liu et al mostrou que há correlação estatística entre a avaliação dos picos na medida de 24h com a lente de contato e os picos da PIO obtidos com pneumotonômetro.

Os autores deste trabalho realizaram o primeiro estudo clínico tentando correlacionar as medidas obtidas com a lente de contato e a taxa de progressão do campo visual (CV).

O presente estudo incluiu 40 indivíduos com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) em tratamento e em acompanhamento por no mínimo 2 anos (com no mínimo 8 exames de perimetria), com idade variando entre 40 e 89 anos, e cujas medidas da PIO no período avaliado eram menores de 20mmHg ou tinham média igual ou menor que 16mmHg. O objetivo principal era avaliar se os parâmetros obtidos com a lente de contato (número de picos largos, média de picos médios, inclinação wake-to-sleep, amplitude, área sob a curva e a variabilidade da média) estariam relacionados com mudança do Mean Deviation (MD) do CV.

Os autores encontraram que o número de picos longos e a média de picos obtidos com a lente de contato, quando os pacientes estavam acordados, eram os melhores preditores de progressão rápida do CV.

O uso de uma combinação de parâmetros obtidos pela medida em 24h com a lente de contato apresentou uma melhor capacidade de identificar uma progressão do CV quando comparada com os parâmetros de PIO medidas pelo Goldmann (média, pico e flutuação) no mesmo período. No modelo estatístico para avaliar a correlação entre os parâmetros da Lente de contato ou das medidas da PIO (tonômetro de Goldmann) com a taxa de progressão mostra que o valor do R2 foi de 0,409 para a lente de contato e de 0,168 para o tonômetro de Goldmann, mostrando que a performance da lente de contato foi superior.


Os autores concluem que apesar de o sistema de lente de contato não medir diretamente a PIO, as medidas obtidas com esta nova tecnologia, além de se correlacionarem bem com a própria medida da PIO, podem ser capazes de identificar pacientes com progressão funcional no CV.

Os autores concluem que apesar de o sistema de lente de contato não medir diretamente a PIO, as medidas obtidas com esta nova tecnologia, além de se correlacionarem bem com a própria medida da PIO, podem ser capazes de identificar pacientes com progressão funcional no CV.

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