OHTS: VELOCIDADE DE PROGRESSÃO ESTRUTURAL PELO HRT – “SUA ATENÇÃO ESPECIAL PARA” - SBG

23/01/2015

Sem categoria

Comentários de Tiago Prata e Dra Daniela L M Junqueira sobre:
Ref.: The rate of structural change: the Confocal Scanning Laser Ophthalmoscopy ancillary study to the Ocular Hypertension Treatment Study.
Zangwill LM, Jain S, Dirkes K, He F, Medeiros FA, Trick GL, Brandt JD, Cioffi GA, Coleman AL, Liebmann JM, Piltz-Seymour JR, Gordon MO, Kass MA, Weinreb RN.
Am J Ophthalmol. 2013

Editor Associado
Tiago Prata

Este estudo tem como base os dados topográficos obtidos dos pacientes do Ocular Hypertension Treatment Study (OHTS). O OHTS foi um ensaio clínico randomizado que avaliou a taxa de conversão de pacientes hipertensos oculares em glaucomatosos, a influência da redução pressórica nessa taxa e fatores de risco associados à conversão.

A pergunta a ser respondida no presente estudo foi: existe diferença na taxa de mudança da topografia da cabeça do nervo óptico ao longo do tempo entre pacientes suspeitos que desenvolveram glaucoma e aqueles que não desenvolveram a doença?

“foi identificada uma taxa de perda da área da rima neural (através da oftalmoscopia confocal de varredura à laser) cinco vezes mais rápida nos olhos que desenvolveram glaucoma quando comparados aos olhos que não desenvolveram. Nesses olhos, aqueles com maior pressão intraocular ao longo do seguimento também tiveram maior taxa de perda da rima.”Analisando os 441 pacientes (832 olhos) incluídos, foi identificada uma taxa de perda da área da rima neural (através da oftalmoscopia confocal de varredura à laser) cinco vezes mais rápida nos olhos que desenvolveram glaucoma quando comparados aos olhos que não desenvolveram. Nesses olhos, aqueles com maior pressão intraocular ao longo do seguimento também tiveram maior taxa de perda da rima. Chama a atenção o longo tempo de seguimento dos pacientes desse estudo, no qual os pacientes foram acompanhados em média por mais de 10 anos (mediana do tempo de seguimento foi de 11 anos para os pacientes que não desenvolveram glaucoma).

Esses resultados sugerem que a avaliação da taxa de perda da rima neural pode ser um bom indicador para acompanhamento de pacientes com hipertensão ocular. Vale a pena ressaltar que embora mais lenta, a taxa de perda da área da rima neural também foi significante nos pacientes hipertensos oculares que não desenvolveram glaucoma. Nesses casos, só um seguimento mais longo irá dizer se essa perda está relacionada ao envelhecimento ou se já representa dano glaucomatoso inicial.

Resumo deste artigo

Am J Ophthalmol. 2013 Jun;155(6):971-82. doi: 10.1016/j.ajo.2013.01.020. Epub 2013 Mar 14.
The rate of structural change: the confocal scanning laser ophthalmoscopy ancillary study to the ocular hypertension treatment study.
Zangwill LM, Jain S, Dirkes K, He F, Medeiros FA, Trick GL, Brandt JD, Cioffi GA, Coleman AL, Liebmann JM, Piltz-Seymour JR, Gordon MO, Kass MA, Weinreb RN; Confocal Scanning Laser Ophthalmoscopy Ancillary Study to the Ocular Hypertension Treatment Study.
Author information

Abstract

PURPOSE:
To compare rates of topographic change in ocular hypertensive eyes that develop primary open-angle glaucoma (POAG) compared to eyes that do not, and to identify factors that influence the rate of change.

DESIGN:
Longitudinal, randomized clinical trial.

METHODS:
Four hundred forty-one participants (832 eyes) in the Confocal Scanning Laser Ophthalmoscopy Ancillary Study to the Ocular Hypertension Treatment Study were included. POAG was defined as repeatable visual field, photography-based optic disc changes, or both. The rate of topographic change in the 52 participants (66 eyes) who developed POAG was compared with that of participants who did not develop POAG using multivariable mixed effects models.

RESULTS:
In both univariate and multivariate analyses, the rate of rim area loss was significantly faster in eyes in which POAG developed than in eyes in which it did not (univariate mean, -0.0131 mm(2)/year and -0.0026 mm(2)/year, respectively). The significantly faster rate of rim area loss in black persons found in the univariate analysis did not remain significant when baseline disc area was included in the model. In multivariate analyses, the rate of rim area loss and other topographic parameters also was significantly faster in eyes with worse baseline visual field pattern standard deviation and higher intraocular pressure during follow-up. Moreover, a significant rate of rim area loss was detected in eyes in which POAG did not develop (P < .0001). The rate of rim area loss in eyes with an optic disc POAG endpoint was significantly faster than in those with a visual field POAG endpoint.

CONCLUSIONS:
The rate of rim area loss is approximately 5 times faster in eyes in which POAG developed compared with eyes in which it did not. These results suggest that measuring the rate of structural change can provide important information for the clinical management of ocular hypertensive patients. Additional follow-up is needed to determine whether the statistically significant change in the eyes in which POAG did not develop represents normal aging or glaucomatous change not detected by conventional methods.