Oral Contraceptive Use and Prevalence of Self-Reported Glaucoma or Ocular Hypertension in the United States

Oral Contraceptive Use and Prevalence of Self-Reported Glaucoma or Ocular Hypertension in the United States

Alessandra A. Kusabara
Fellow do Serviço de Glaucoma, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Niro Kasahara
Chefe do Serviço de Glaucoma, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Professor Adjunto, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Ref.: Wang YE, Kakigi C, Barbosa DT, et al. Oral Contraceptive Use and Prevalence of Self-Reported Glaucoma or Ocular Hypertension in the United States. Ophthalmology 2016;123:729-736.

 

Dentre os fatores de risco conhecidos para o glaucoma, como história familiar, idade avançada, raça negra, a pressão intraocular é a única modificável e por isso, é o alvo das terapias de tratamento. Identificar novos fatores de risco é importante para screening precoce da população alvo.

Neste estudo, os autores investigaram a associação entre o uso de contraceptivo oral e prevalência de glaucoma ou hipertensão ocular em pacientes acima ou igual a 40 anos de idade nos Estados Unidos.


O resultado foi que pacientes com três ou mais anos de uso de contraceptivo oral tiveram maior risco de glaucoma ou hipertensão ocular (OR 1,94).

O resultado foi que pacientes com três ou mais anos de uso de contraceptivo oral tiveram maior risco de glaucoma ou hipertensão ocular (OR 1,94).

Outros fatores associados nesse estudo foram a menarca tardia (> 13 anos), a menopausa precoce, a terapia de reposição hormonal e maior número de gestações (análise univariada); na análise muitivariada, somente a idade da menarca foi associada com glaucoma ou hipertensão ocular. Ainda mais, histerectomia, ooforectomia bilateral, câncer de mama, útero ou ovário em pacientes com pelo menos 3 anos de uso de contraceptivo oral aumentou o risco de glaucoma.

A teoria é que o estrogênio tenha um efeito neuroprotetor, mas não se sabe qual o mecanismo de ação, nem qual seriam a concentração e o modo de administração associado com este efeito. O uso de contraceptivo oral causa alteração no ciclo menstrual e concentrações hormonais fisiológicas, que pode ser importante na patogenia de doenças glaucomatosas.

Entre as limitações do estudo, está à falta de confirmação diagnóstica dos pacientes que foram informados a respeito de glaucoma ou hipertensão ocular, poucos pacientes realizaram FDT e poucos pacientes apresentavam escavação > 0,7. Além disso, os contraceptivos não foram avaliados quanto à sua composição e concentração dos hormônios.
Portanto, os achados deste estudo, embora ainda necessitem de comprovação futura, sugerem que o questionamento sobre a saúde reprodutiva da mulher pode fornecer informações relevantes para a identificação de fatores de risco para o glaucoma.

Portanto, os achados deste estudo, embora ainda necessitem de comprovação futura, sugerem que o questionamento sobre a saúde reprodutiva da mulher pode fornecer informações relevantes para a identificação de fatores de risco para o glaucoma.

Share

Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?
Pular para o conteúdo