Tratamentos do Glaucoma

“A melhor maneira de proteger sua visão pelo glaucoma é fazer uma consulta oftalmológica. Se você tiver glaucoma, o tratamento pode começar imediatamente.”

O tratamento clínico, feito com colírios que baixem a pressão intraocular, é o inicial e deve ser mantido, sempre que possível.

Para a forma mais comum de glaucoma (ângulo aberto), há três tipos de tratamento:

  • Medicação: colírios e comprimidos
  • Laser
  • Cirurgia

Infelizmente, muitas pessoas com glaucoma recebem o tratamento adequado quando já estão com alguma perda da visão. Medicação – Os medicamentos são eficazes na redução da pressão intraocular na maioria dos casos. Em geral, os colírios são bem aceitos pelo organismo, ao contrário das medicações via oral, que muitas vezes são mal toleradas e apresentam diversos efeitos colaterais. A medicação via oral é indicada aos pacientes que não tiveram a pressão diminuída com a utilização de colírios.

Nos casos em que apenas um medicamento ocular não produz o efeito esperado, é comum a combinação de vários remédios para diminuir a produção de líquido e aumentar a sua drenagem. A eficácia do tratamento com colírio depende da disciplina do paciente. Estudos comprovam que menos da metade dos pacientes com glaucoma utiliza as gotas de acordo com a recomendação médica. Nos casos em que os colírios não são suficientes para o controle da pressão intraocular, podem ser receitados comprimidos.

A medicação via oral deve ser usada com muito critério, pois entre os diversos efeitos colaterais que podem causar está a perda de potássio. O paciente que faz uso de comprimidos deve aumentar o consumo de alimentos que contenham potássio, por exemplo, frutas secas, agrião, banana, cenoura crua, rabanete, tomate, batata, morango, carne magra etc.

Laser – É um recurso utilizado quando o tratamento com colírio não produz o efeito desejado. No entanto, mesmo após o laser, o paciente deve continuar a terapêutica com medicamentos. A técnica é aplicada para realizar pequenas queimaduras na rede trabecular (sistema de drenagem), estimulando assim o sistema de drenagem que está funcionando mal. A cirurgia pode ser feita no consultório, em apenas 15 ou 20 minutos. Trata-se de um procedimento relativamente indolor.

Cirurgias – O tratamento cirúrgico é deixado para última instância, pois, apesar da alta sofisticação das técnicas clínica e cirúrgica, é um tratamento mais invasivo e pode apresentar complicações. Porém, ele não deve ser retardado demais, pois as lesões causadas por um tratamento clínico insuficiente são impossíveis de serem recuperadas. Discute-se a indicação mais precoce da cirurgia nos casos em que o paciente por problemas sociais, culturais ou econômicos, apresenta pouca fidelidade ao tratamento.

tratamento

A cirurgia para o glaucoma implica em criar um novo sistema de drenagem para o olho. O tipo mais comum é a trabeculectomia, uma cirurgia de filtração. O cirurgião faz um novo caminho por onde o humor aquoso vai sair do interior do olho, caminhando para um espaço sob a conjuntiva, membrana mucosa presente nos olhos dos vertebrados que reveste a parte interna da pálpebra e a superfície externa do olho. Isso impede o represamento do humor aquoso dentro do olho e reduz a pressão intraocular.

Frequentemente, os colírios deixam de ser necessários quando termina o processo de cicatrização. Os resultados são positivos: mais de 75% dos pacientes passam a ter a pressão intraocular devidamente controlada. Uma nova classe terapeuta em fase de pesquisa – Uma nova classe de medicamentos contra o glaucoma promete atuar especificamente sobre os canais de drenagem do olho, a chamada rede trabecular, de modo a bloquear a evolução do glaucoma. Os inibidores de Rho quinase (Rock), células-alvo da rede trabecular, atuam para melhorar o fluxo do humor aquoso, o líquido claro que mantém a pressão intraocular.

Nas pesquisas sobre glaucoma, os inibidores Rock reduziram a “rigidez” celular e aumentaram a saída de líquido por meio da rede trabecular, reduzindo assim pressão intraocular. Não há drogas existentes atualmente no mercado que promovam o aumento da saída do líquido do olho dessa forma. Portanto, os inibidores Rock compreendem uma nova classe de medicamentos para a redução da pressão intraocular.

No entanto, os inibidores Rock ainda não foram aprovados pelas agências de saúde internacionais e não estão disponíveis para pacientes com glaucoma.

Dados de investigação preliminar têm mostrado que os inibidores Rock tem o potencial para oferecer efeitos neuroprotetores e ação anti-inflamatória, bem como aumentar o fluxo sanguíneo para o nervo óptico, os quais poderiam beneficiar pacientes com glaucoma.

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